quinta-feira, 20 de outubro de 2011

I SIMPÓSIO FILOSÓFICO INTERNACIONAL EDITH STEIN


I SIMPÓSIO FILOSÓFICO INTERNACIONAL EDITH STEIN
21-23 setembro 2011

UNIDADE E COMPLEXIDADE DO SER HUMANO
Dra. Angela Ales Bello

Síntese pe Paolo Cugini
Quais são as datas que se referem a E. Stein e o contexto?
E. Stein viveu na Alemanha no final do século XIX e morreu no 1942. O ambiente histórico no qual viveu foi atravessado pelas duas guerras mundiais. É a Alemanha determinada da ascese do Nazismo. Do ponto de vista cultural a segunda metade do XIX século em Europa se expande uma mentalidade que é a filosofia positivista. Positivo era a busca cientifica. O positivismo dizia que encontraram a verdade com a ciência. A primeira ciência que na Europa tinha uma nova configuração foi a ciência física. A novidade é a interpretação matemática da natureza. O positivismo diz que este modo de interpretar a natureza é valido, e não se refere só a natureza, mas também aos seres humanos. Nem todos são convencidos que esta seja o caminho valido para chegar a verdade. É no âmbito da filosofia que se forma esta mentalidade e as objeções a isso. Toda teoria tem uma base filosófica, pois se trata de uma visão do mundo. No plano filosófico começam as discussões, disputas sobre a validade do positivismo. Tem dois movimentos que podemos citar: Bérgson na França e Husserl na Alemanha. Husserl era um matemático com grandes interesses filosóficos. Ele se questionava sobre a realidade. Husserl se dirige a uma pessoa em Viena. Na realidade Husserl trabalha sobre duas culturas. A cultura austríaca não é a mesma da Alemanha. Husserl ensinará na Alemanha, mas a sua cultura não é estritamente alemã, é uma cultura austríaca e a Áustria sempre foi católico. Husserl é hebreo e se converte ao protestantismo. Brentano é a pessoa que procura em Viena. Ele escuta as aulas por interesse formativo e Brentano é uma personagem complexa. Era um padre, conhece a filosofia antiga e medieval. Na ocasião da condenação do Modernismo, se sentiu condenado e Brentano se afastou. Podemos pensar que Husserl se tornou protestante neste período. Brentano é muito atento as realidades do seu tempo, como a psicologia, que nasce do ambiente positivista. É a tentativa de explicar cientificamente o ser humano. A tentativa é de interpretar a psique segundo critérios científicos: como podemos medir a psique? Nasce a psicofísica. Brentano diz não. Brentano admite estados físicos que não são mesuráveis, pois tem uma qualidade. O problema filosófico de Brentano é o problema do ser a partir de Aristóteles. Quando Husserl escuta Brentano, escuta aquilo que ele diz da filosofia, que não é aquela positivista. Então a formação de Husserl vai orientada não de forma positivista. Este encontro é importante. Nasce a fenomenologia como uma nova proposta filosófica. Husserl critica Brentano porque a analise dos atos psíquicos é insuficiente a conhece r o conhecimento humano. Este é um ponto fundamental. O caminho que a psicologia propõe de entrar na interioridade, mas no interior do ser humano a situação é complexa. Em que consiste esta complexidade? No fato que o ser humano diferentemente dos outros seres se dá conta. Nós somos seres humanos acompanhados da consciência daquilo que conhecemos e fazemos. Ainda que não pensamos temos a percepção física que estamos sentados. Consciência tem um sentido especifico e Husserl coloca em evidencia. Nós temos consciência de uma percepção física. Estamos vivendo uma percepção física, estamos vivendo as percepção física é vivida por nós. Como é a cadeira para mim? Duas possibilidade: é confortável ou não. Me dou conta que a cadeira é confortável. Quer dizer confortável? É uma coisa física? Ou reação a uma coisa física? É uma reação que vem de onde? De mim. Eu estou vivendo uma sensação mas psíquica. Esta é a reação psíquica, assim com a física se inscrevem sobre algo que não é nem psique nem corpo, mas é esta possibilidade de ter consciência. Esta é a novidade da fenomenologia. Este é o ponto de fundo. Esta analise das vivencias são a consciência que temos destes atos. Precisamos separar a reação física, a sensação física, e a sensação que sentimos nestas duas experienciais. Esta é a dimensão transcendental. A consciência serve para dar-se conta. Nós conhecemos através das vivencias, que vêm de dentro: são a relação entre a dimensão física e psíquica e por isso transcendem e por isso servem para conhecer são transcendentais.

Outro exemplo. Se a cadeira é desconfortável posso fazer o que? Trocar ou adaptar ou aceitar. Este ato de trocar que vivencia é? È do carpo? Da Psique? Não é igual. È uma vivencia que me mostra que sou capaz de avaliar e de decidir. O ato avaliativo é um ato da vontade. Nós entramos numa ulterior esfera que não é nem física que psíquica, é a espera do espírito, que é formado de intelecto e vontade. Nós somos um e muitos. Somos unidade e ao mesmo tempo complexos. Examinando a qualidade das vivencias que não são todas iguais. Os atos intelectuais revelam a capacidade de decidir e revelam a verdade da nossa espiritualidade que é caracterizada da vontade, inteligência e liberdade. Devo avaliar as circunstâncias. As vezes tem circunstâncias que forçam as minhas decisões. Nós temos consciência de sermos escravos das paixões e de decidir sobre as paixões: aqui temos uma descrição da vida moral. O outro é um ser humano semelhante. Qual evidencia que é semelhante? Se percebo com os olhos eu vejo um copo, algo de material. Se eu parar na experiência aquela pessoa e o copo são físicas, mas tem uma diversidade? Que vivencia me permite de dizer isso? Empatia: significa que reconhecemos que outro é semelhante a mim. Existem duas vivencias: aquela perceptiva e a empatia. Esta última me diz que o copo não é semelhante a mim. Esta é a base da inter-subjetividade.

Como posso comportar-me perante uma pessoa? Bem ou mal. O que significa isso? Aqui entra o problema do amor e do ódio. Perante uma pessoa posso ter uma atração ou uma repulsão, e elaboração de todos os atos físicos. Sentimento quer dizer consciência de ter uma relação do sentir com outro. Sentimentos são amor ódio, atração – repulsão, simpatia e antipatia. Uma pessoa antipática pode ser objeto do amor. É o que o amor? O amor não é só simpatia, mas se torna em sentimento espiritual, porque o conteúdo do amor é o reconhecimento da alteridade semelhante a mim e assim como eu quero ser amado assim também faço. Quero que co outro desenvolve como eu. Se este é o amor quais são os atos no confronto da pessoa que amo? Buscar a situação que desenvolve a pessoa.

Revelação é colocar em evidencia a possibilidade humana. No ódio não reconheço o outro como ser humano. E. Stein quando dizia estas coisas é do ponto de vista da análise e não da religião.
E. Stein coloca em evidencia toda esta conversa a nível ontológico metafísico. Existe em cada pessoa um núcleo de identidade que consente dizer que aquela pessoa não pode ser confundida com outra. Esta é uma conquista do Ocidente.


http://blogdafaculdade.blogspot.com/#!/2011/09/edith-stein.html

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